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Sem-terras produzem medicamentos fitoterápicos


O laboratório foi montado em 2001 no Centro de Formação e Pesquisa Ernesto Guevara (Cepag), no Assentamento Oziel Alves Pereira, em Santa Cruz do Monte Castelo, região noroeste do Estado. Os Sem Terra implantaram a unidade com o objetivo de potencializar a produção de leite orgânico . Pois, para transformar a produção de leite convencional em orgânico é necessário substituir o medicamento químico pelas plantas medicinais.Hoje, no laboratório são usadas 33 variedades de ervas, como: alfazema, alecrim, sálvia, guaco, tansagem, vique, melissa, alcachofra, baldana, entre outras. "Manipulamos as plantas fazendo secagem, tintura, pomadas, balas para gripe e vermes; também é feito sabão e xampú", afirma Loreci Rodrigues da Silva, coordenadora do setor de saúde, na região noroeste Segundo Loreci, a implantação do laboratório trouxe enormes benefícios aos trabalhadores, possibilitando a produção de leite orgânico nos assentamentos e diminuindo a freqüência de pessoas nos postos de saúde. "Diminuiu em 30% a procura pelos postos, e essas pessoas passaram a se tratar com remédios fitoterápicos", constata. Além de melhorias para a saúde, Loreci conta que os Sem Terra aprenderam a valorizar as plantas medicinais e descobriram que todos os medicamentos são extraídos de plantas e saem do meio ambiente, onde vivemos. Agora, as famílias pretendem ampliar o laboratório, formar mais pessoas com conhecimento na manipulação das plantas e montar uma farmácia fitoterápica. "Queremos conscientizar o nosso povo que todo remédio vem da mata, de uma planta que a gente destrói. Para acabar com a exploração das multinacionais precisamos parar de utilizar remédios químicos e usar só o natural", acredita Loreci. Para possibilitar a produção dos medicamentos foi montado uma horta de plantas medicinais próximo ao laboratório. Toda a matéria-prima vem deste local. Os medicamentos fitoterápicos produzidos pelos sem terras são vendidos a preços de custo nos encontros, mobilizações e bancas do MST. O valor é simbólico, apenas para dar continuidade ao trabalho e garantir a produção da matéria-prima. Assessoria de imprensa MST-PR Solange Engelmann - Fone: (41) 324-7000, e-mail: comunicacaopr@mst.org.br Autor/Fonte: Assessoria de impresa MST-PR



Ações: Biodiversidade e Soberania Alimentar

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