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CPMI da Terra faz nova audiência, em Brasília


Delegado da Polícia Federal vai falar sobre milícias rurais no Paraná A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Terra deve ouvir hoje, no Senado Federal, em Brasília, os depoimentos do secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, e do tenente-coronel da Polícia Militar Waldir Copetti Neves. Os dois foram convocados para depor após a passagem da CPMI por Curitiba, no último dia 18.Copetti Neves, durante a audiência na capital paranaense, denunciou que a Secretaria Estadual da Segurança estaria fazendo escutas telefônicas clandestinas de autoridades paranaenses. Tudo foi veementemente negado por Delazari, que desqualificou o denunciante: o tenente-coronel havia sido preso sob a acusação de comandar uma milícia armada rural, financiada por fazendeiros para intimidar trabalhadores sem-terra. Durante a audiência de hoje, o delegado Fernando Francischini, da Polícia Federal do Paraná, também deve ser ouvido pelos senadores e deputados. Ele foi responsável pela Operação Março Branco, que terminou com oito presos acusados de participar de milícias rurais no Paraná. Além do tenente-coronel Copetti Neves, foram presos ex-policiais e dois sem-terra, que, segundo a polícia, se infiltravam nos acampamentos para repassar informações sobre o movimento. Na Assembléia Legislativa do Paraná, 13 deputados já assinaram o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de grampo telefônico feitas pelo tenente-coronel Copetti Neves. Para a abertura da CPI são necessárias 18 assinaturas. Além dos nove deputados da oposição, quatro governistas assinaram o requerimento apresentado pelo líder do PFL, Plauto Miró Guimarães. Apesar da orientação do Palácio Iguaçu para a base aliada não apoiar a iniciativa da oposição, os deputados Mário Sérgio Bradock (PMDB), Aílton Araújo (PSDB), Waldyr Leite (PPS) e Nelson Justus (PFL) assinaram o documento. As bancadas do PL, PDT e PT estão analisando se também acolhem o pedido. A comissão, segundo Plauto Miró, pode ajudar a esclarecer se está sendo realizada escuta clandestina nos telefones de políticos e autoridades do Paraná. "Temos que ouvir o coronel Neves em audiência fechada para obter mais informações", disse. O deputado diz acreditar que vai conseguir as cinco assinaturas que faltam para instalar a CPI. Autor/Fonte: Gazeta do Povo - 27/04/2005



Ações: Conflitos Fundiários

Eixos: Terra, território e justiça espacial