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Semana de mobilização relembra um ano do Massacre de 29 de abril


Após um ano da violência policial cometida contra profissionais da educação e outros manifestantes, entidades, organizações da sociedade civil e sindicatos promovem agenda de atividades para lembrar a data.Por Dayse Porto e Franciele Petry Schramm

Relembrar para que não se repita. Um ano após a violência sofrida por professores e servidores, atividades de luta e mobilização marcam a semana de 29 de abril.  Na mesma data, em 2015, cerca de 400 manifestantes ficaram feridos após massacre promovido pela Polícia Militar, comandada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná.

Conversas, formações, panfletagens, plenárias e atos marcarão a semana entre o dia 25 e o dia 1, em atividades promovidas pelo Fórum de Lutas 29 de Abril – grupo formado por diversas entidades que atuam na defesa dos direitos humanos e criado logo após o massacre – e a Frente Brasil Popular. As mobilizações apontam para a necessidade de união de movimentos sociais e sociedade civil, para impedir retrocessos dos direitos de trabalhadores e trabalhadores e da democracia.

No dia 28 será lançado o livro 29 de abril – Repressão e Resistência junto a um debate sobre criminalização dos movimentos sociais. Na sexta-feira (29), quando se completa um ano da truculência contra os manifestantes, educadores da rede pública estadual de ensino irão paralisar as atividades em memória do massacre e por melhores condições de trabalho e por mais qualidade na educação.
 

>> Confira o evento 29 de Abril - Paralisação estadual no Facebook

Para relembrar o ocorrido e reforçar a necessidade de luta, um ato com concentração marcada na Praça Santos Andrade, em Curitiba, deve reunir servidores e apoiadores de todo o estado. No mesmo horário, outra concentração na Praça Rui Barbosa deve se unir aos professores e servidores, para fortalecer a luta de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras e à democracia.
 

>> Confira o evento Bloco da Juventude, Cultura e Cidade no Facebook

O recebedor do prêmio Nobel da paz, Adolfo Esquivel, vai integrar a agenda de atividades da data. O defensor de direitos humanos argentino deve ajudar na reflexão sobre crise das instituições democráticas na América Latina, durante o Ato pela Democracia. O evento será realizado no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, a partir das 19h.
 

>> Confira o evento 2° Ato em defesa da democracia no Facebook. 
 

O papel do sistema de Justiça

Outros massacres na história brasileira e paranaense serão relembrados na noite do dia 28, em debate realizado no auditório da APP Sindicato. No mês que já é conhecido pelos movimentos do campo como Abril Vermelho – período que relembra a impunidade do conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás, onde 21 trabalhadores rurais sem terra foram assassinados – a criminalização da luta dos movimentos sociais e a impunidade dos crimes contra trabalhadores e trabalhadoras serão abordadas.

A atividade também deve refletir o papel do Sistema de Justiça frente às violações de direitos humanos em casos como o do massacre de professores e servidores, em 2015, e no massacre de dois trabalhadores sem terra em Quedas do Iguaçu, no último dia 7. A participação do Poder Judiciário no atual momento político do país também deve ser avaliada por João Pedro Stédile, uma das lideranças do MST.
 

Relembre o 29 de abril

No dia 29 de abril de 2015, durante a votação o Projeto de Lei (PL) 24/2015, conhecido como “pacotaço”, milhares de manifestantes que protestam contra o projeto, no Centro Cívico de Curitiba, foram atacados pela Polícia Militar do Paraná, que lançou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha nos manifestantes.

Na ocasião, mais de mil policiais foram convocados pelo governador Beto Richa (PSDB) para impedir a entrada de qualquer cidadão na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). O projeto de lei, que chegou a ser aprovado, envolve cortes de benefícios do funcionalismo público, alterações na previdência estadual, dentre outras mudanças.
 

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Ações: Defensores e Defensoras de Direitos Humanos

Eixos: Política e cultura dos direitos humanos