Notícias / Notícias



Vila União conquista a desapropriação do terreno


De acordo com o secretário de Habitação, Martinho Carlos de Souza, até 40% das famílias pode ser relocada, por terem suas casas muito próximas ao Rio Barigui. Ainda assim, não se fala sobre o deslocamento dos motéis que se encontram no mesmo local.O processo de reintegração de posse movido pelo proprietário se estendia desde o ano da ocupação. Nesses 10 anos, as pessoas construiram o bairro: abriram ruas, ergueram casas, fizeram as manilhas e lutaram sem descanso por água, luz, creche, etc. A regularização prevê melhorias na infra-estrutura e será cobrado dos moradores uma prestação acessível para todos", segundo o prefeito. Não existe a informação de se calcular qualquer desconto na prestação pelo dinheiro que já foi investido pelos moradores e moradoras. No dia 31 de janeiro de 2006, a juíza Elisiane Minasse decidiu pela reintegração de posse e despejo das famílias. Começou então uma nova mobilização, que durou praticamente todo o ano de 2006. A Associação de Moradores, com apoio do Grupo Despejo Zero, organizou assembléias, fez panfletagens e manifestações. Durante as mobilizações, a Prefeitura insistia que não existia o recurso necessário para a compra do terreno (o proprietário pedia R$ 650 mil). Inúmeras foram as reuniões com a Secretaria de Habitação, Cohapar, Instituto Ambiental (IAP) e outros órgãos estaduais, com juízes e com a Imobiliária Terra Nova, para quem o Estado tentava transmitir a responsabilidade sobre a compra e venda dos lotes (e obviamente o direito sobre o dinheiro dos carnês também). Depois de toda a pressão popular, a área será comprada pela Prefeitura. Embora em seu discurso o prefeito insista em destacar apenas a ação da Prefeitura, chamando inclusive a mobilização do bairro de "terrorismo". Autor/Fonte: Centro Midia Independente



Ações: Direito à Cidade

Eixos: Terra, território e justiça espacial