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II Caravana em Defesa do Rio Tapajós mobiliza povos, lideranças e comunidades tradicionais


Começa nesta sexta dia 26, e vai até domingo 28 de agosto, a programação da II Caravana em Defesa do Rio Tapajós, seus Povos e sua Cultura. Estão previstas para chegarem em Itaituba, local do evento, muitas caravanas, principalmente em embarcações, oriundas de comunidades, assentamentos, cidades e aldeias localizadas desde as nascentes dos Rios Teles Pires e Juruena até a foz do Tapajós, onde há o “encontro das águas” com o Amazonas. Assim, o evento receberá pessoas e organizações vindas de várias regiões da bacia do Tapajós, com o objetivo de debater e encaminhar propostas que visam garantir o Tapajós Vivo.


 

Segundo avaliação de Arthur Serra Massuda, coordenador dos Grupos de Trabalhos da plenária da II Caravana, “enquanto a primeira caravana tinha o objetivo de tornar visíveis os problemas, a segunda tem o objetivo de dar voz às comunidades frente aos megaprojetos que estão planejados para a bacia do Tapajós. Embora todas essas ameaças já estejam visibilizada e denunciadas, e a primeira caravana teve um papel nisso, é importante agora construir um modelo de desenvolvimento alternativo.

Os pescadores, barqueiros, garimpeiros, beiradeiros, indígenas, agricultores, extrativistas, trabalhadores urbanos e rurais, que compõem os povos do Tapajós pretendem, reunidos nesta segunda caravana, debater e expressar suas próprias necessidades e demandas de desenvolvimento, que incluam saúde, educação, cultura e uma relação sustentável com o meio ambiente. Existe atualmente, previstos para a bacia do Tapajós, uma série de projetos de hidrelétricas, portos, hidrovias e de mineração, que constituem-se por vezes em ameaças a essas populações, que dependem dos recursos naturais, dos ciclos das águas e do equilíbrio socioambiental da região.

No sítio do Movimento Tapajós Vivo, uma das principais organizações realizadoras do evento, é possível saber mais sobre a II Caravana. A programação completa está aqui   A Terra de Direitos estará representada pelo advogado Pedro Martins, assessor jurídico da Organização, que participará da mesa temática “Perspectivas e Desafios frente aos grandes projetos na Amazônia – Análise Conjuntural”.

“A caravana não é focada apenas nas hidrelétricas mas em todos os projetos e ameaças, e também nas conquistas que os povos do Tapajós tiveram nesses últimos anos. Essas populações já estão na luta há muito tempo e já tem maturidade para dizer o que não querem e de que ajuda precisam para promover aquilo em que acreditam”, complementa Arthur Serra Massuda.



Ações: Biodiversidade e Soberania Alimentar

Eixos: Terra, território e justiça espacial