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Sem-teto em Goiânia vão para acampamento provisório


Os cerca de 1.500 sem-teto que estão abrigados há 44 dias em dois ginásios de esporte em Goiânia devem ser transferidos dentro de uma semana para um acampamento provisório, em uma área da prefeitura. Nesta quinta-feira, eles escolheram uma das duas áreas indicadas pela prefeitura e pelo Estado para abrigar as famílias.No local, serão montadas barracas de lona e caibros. A água será fornecida pela prefeitura com caminhões-pipa, e o Estado fará o fornecimento de energia elétrica, banheiros e segurança. Os sem-teto estão desabrigados desde a operação de reintegração de posse em uma área particular que havia sido invadida em 2004. Na operação, houve resistência dos moradores e dois sem-teto morreram. Policiais militares e moradores da área ficaram feridos. Dois dias depois da operação, o prefeito Iris Resende (PMDB) anunciou que assentaria as famílias que não tivessem para onde ir. O Estado de Goiás e o Ministério das Cidades assinaram protocolo de intenções em que se comprometem a incluir as famílias em programas de habitação. Segundo cadastramento feito pela Secretaria de Estado das Cidades, 3.557 famílias pleiteiam um lote da prefeitura. Na terça-feira, o subsecretário Amarildo Baesso, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, visitou os dois ginásios e constatou que as crianças não estão freqüentando escola e que quase todas estão com escabriose (sarna). "Quase todas as crianças estão com escabriose, que é doença que se transmite facilmente nesse ambiente. Algumas crianças estão com pneumonia", disse Baesso. Autor/Fonte: Folha de S. Paulo - 01/04/2005



Ações: Conflitos Fundiários, Direito à Cidade

Eixos: Terra, território e justiça espacial