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Prisão prova existência de milícia na PM, diz ONG


O coordenador da ONG (organização não-governamental) Terra de Direitos, Darci Frigo, que atua na assessoria jurídica aos sem-terra no Paraná, disse ontem que a prisão do tenente-coronel Waldir Copetti Neves serviu para confirmar "as evidências de que existia um grupo paramilitar dentro da polícia do Paraná".Frigo disse que há anos o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e entidades de defesas dos direitos humanos denunciam a existência de milícias armadas, formadas por policiais militares, de apoio ao latifúndio no Estado. "O tráfico de armas, com apoio de policiais militares, também ficou claro agora. Isso vem sendo denunciado desde 1996 no Paraná. Espero que agora a Justiça seja feita", disse Frigo. O coordenador disse esperar que a Justiça e o governo do Paraná investiguem ainda a suposta prática de tortura contra trabalhadores sem-terra e "até contra policiais honestos" pelo grupo comandado por Copetti Neves. Para Frigo, a prisão de Neves irá possibilitar também que o governo estadual "desmantele uma estrutura dentro da polícia paranaense, em que o serviço público da Polícia Militar era utilizado para defender interesses da propriedade privada". A coordenação do MST no Paraná informou ontem, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que não iria comentar as prisões. Ainda de acordo com a assessoria, o MST disse considerar as prisões um assunto de polícia e que a Secretaria da Segurança Pública do Paraná iria tomar as medidas cabíveis no caso. (MT e JM) Autor/Fonte: DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA



Ações: Conflitos Fundiários, Defensores e Defensoras de Direitos Humanos

Eixos: Terra, território e justiça espacial