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Aqüífero Guarani no contexto da privatização da água


Com área total de 1,2 milhões de km², dois terços da reserva estão em território brasileiro, no subsolo dos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A importância estratégica do Aqüífero para o abastecer as gerações futuras desperta atenção de grupos de diferentes setores em todo o mundo. A sociedade civil organizada está atenta às possíveis estratégias de privatização de grupos econômicos transnacionais. Uma vez que, em 2003, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Mundial, através do Fundo Mundial do Meio Ambiente (GEF), implementaram o projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável que visa reunir e desenvolver pesquisas sobre o Aqüífero Guarani, com objetivo de implementar um modelo institucional, legal e técnico comum para países do Mercosul. Diante desse acordo, diversas organizações da sociedade civil que trabalham com questões ambientais e de direitos humanos questionam a transparência das decisões assim como o destino das informações captadas pelo Projeto. As mesmas alertam que a reserva de água doce poderá vir a ser controlada pelos maiores financiadores do mesmo e submetidas a estratégias de privatização, geralmente recomendadas pelo Banco Mundial, que caracterizam a água como recurso natural dotado de valor econômico e não como bem comum da humanidade e direito humano fundamental, como defendem as organizações e movimentos sociais. O valor social, econômico e estratégico do Aqüífero será discutido no painel proposto pela Terra de Direitos, em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Instituto Brasileiro de Advocacia Pública (IBAP), Rede Brasileira para Integração entre os Povos (REBRIP), Projeto ProAqua (UFPR) durante o Fórum Social Mundial, Seminário Gramsci e o Fórum Brasileiro de Ongs e Movimentos Sociais (FBOMS) no V Fórum Mundial Social.Autor/Fonte:Terra de Direitos



Ações: Biodiversidade e Soberania Alimentar

Eixos: Biodiversidade e soberania alimentar