Notícias / Notícias



Atingidos pela UHE Barra Grande ocupam madeireiras


A ocupação da madeireira tem por objetivo reforçar a denúncia do desvio de 10.785 árvores da supressão seletiva destinadas para a construção de 400 casas populares. A construção dessas casas foi designada pela assinatura do Termo de Acordo, em dezembro de 2004, envolvendo as empresas do Consórcio Baesa, o Ministério Público Federal, Movimento de Atingidos por Barragens, IBAMA, FATMA, COHAB e Ministério de Minas e Energia. Os agricultores estão indignados, pois na época a obra só pôde entrar em operação mediante a assinatura desse Acordo. No ato de hoje as pessoas usavam palavras de ordem, como "chega de roubo" e "viemos buscar a madeira para construir nossas casas". Segundo as famílias esta situação é inadmissível, dizem os agricultores, que complementam: "Existe um Termo de Acordo que concede essa madeira para a construção de casas para a população pobre, no entanto o que vemos são desvios e fraudes, exigimos o cumprimento do acordo e o fim de mais esta vergonha".O esquema orquestrado pela Baesa Na nota formalizada os agricultores denunciam que para a Baesa desviar as toras, ela misturou a madeira da supressão seletiva (20.000 metros cúbicos) com a da supressão total e transportou via fluvial até os municípios de Vacaria/RS e Anita Garibaldi/SC. Para isto utilizam-se das Autorização de Transporte Florestais (ATPFs) emitidas pelo IBAMA como se toda madeira fosse de supressão total. Segundo os moradores, o envolvimento de algumas madeireiras se deu em troca de pagamento de 6.000 mil dúzias de tábuas de araucárias centenárias ao madeireiro contratado para a supressão das árvores. Os que fazem o transporte das toras e os construtores de estradas, comunidades e casas na região atingida também estariam recebendo em madeira pelos serviços prestados. Além disso, a madeira não desviada foi impedida pela Baesa de ser marcada com cordas e bambonas para que após o enchimento do lago pudessem ser retiradas pelo responsável pela supressão. Ou seja, a madeira que devia ser utilizada para construção de casas populares, ou foi desviada, ou está apodrecendo no fundo da barragem. Contatos: Eloir Soares: 54. 9601-1904 João Orli: 54. 9910-1524 Helio Becker: 49-99274831 ou 49-99248180 Secretaria: 49-3543 0893 Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB Secretaria Nacional Brasília - DF Autor/Fonte: MAB



Ações: Conflitos Fundiários

Eixos: Terra, território e justiça espacial