Segundo a instituição, o crédito, que deverá ser pago em 17 anos, com cinco anos de carência, tem o objetivo de apoiar a agenda de reforma do governo brasileiro para o crescimento sustentável com foco no setor habitacional. Segundo o Banco Mundial, o impacto do programa do governo será sentido no aumento do acesso ao financiamento habitacional, na liberação de poupança privada que estava comprometida por parcelas excessivas e pelo elevado custo habitacional, e no aumento da competitividade entre os agentes financeiros.

"O programa também vai ter impacto sobre a sustentabilidade fiscal ao melhorar as metas e a transparência dos subsídios habitacional e a coordenação com os governos locais e os agentes privados". A instituição destaca que mais de 60% das famílias no Brasil não conseguem custear habitação por causa da falta de políticas com foco no setor, do contínuo crescimento urbano e da persistente desigualdade de renda no Brasil.

Vinod Thomas, diretor do Banco Mundial para o Brasil, afirma em comunicado que "abrigar os pobres continua sendo uma parte crucial da agenda do Brasil para seu progresso socioeconômico", O Banco Mundial afirma ainda que o governo brasileiro está comprometido com uma estratégia de habitação para melhorar as condições habitacionais dos pobres e expandir as novas construções habitacionais no mercado formal do setor, sem abandonar a disciplina fiscal.

O programa do governo para o setor, lembra a instituição, inclui o fortalecimento do crédito habitacional e do sistema de poupança, o desenvolvimento de um quadro institucional para o desenvolvimento urbano e da habitação, a reforma do sistema de subsídio federal para a habitação, que deverá se tornar mais transparente e eficiente, e a redução dos custos do desenvolvimento da terra urbana com o fortalecimento da legislação a respeito.

Autor/Fonte: O Estado de S. Paulo - 15/06/2005