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Boletim da Campanha Por um Brasil ecológico, livre de transgênicos e agrotóxicos


Campanha-BR-Livre-de-transgênicosPOR UM BRASIL ECOLÓGICO, LIVRE DE TRANSGÊNICOS & AGROTÓXICOS

Brasil vai à China por soja da Monsanto

Número 632 - 14 de junho de 2013

Car@s Amig@s,

O Valor Econômico publicou esta semana um encarte especial sobre soja. As matérias ali reunidas são resultado do seminário Caminhos da Soja no Brasil, promovido pelo jornal no último dia 11 com patrocínio da Monsanto. Há quem avalie que a edição saiu defasada, já que boa parte de seu conteúdo apresenta as benesses da nova soja da Monsanto e as vantagens que o Brasil deixa de alcançar por ter seu plantio obstruído pelo mercado Chinês. A consultoria MB Associados, por exemplo, projeta com a nova soja ganhos extras de 5,84 sacas por hectare.

Também esta semana o ministro da Agricultura Antonio Andrade esteve pela segunda vez desde maio na China pedindo a abertura do país à soja da Monsanto. O chanceler Antonio Patriota também entrou pessoalmente nas conversas. O anúncio da vitória brasileira veio nesta terça, dois dias antes da publicação do encarte, e ainda inclui uma semente da Bayer e outra da Basf/Embrapa.

“O desafio brasileiro é produzir 6 mil [sic] toneladas de soja por hectare com baixo custo, disse Rodrigo Santos, presidente da Monsanto do Brasil na abertura do evento. Segundo ele, o emprego massivo de tecnologia e a evolução do setor permitem prever que tal marca será alcançada no futuro. Hoje o Mato Grosso, principal produtor nacional da oleaginosa, tem produtividade média de 3,3 mil [sic] toneladas por hectare”.

A série histórica da Conab para soja no Mato Grosso revela que desde 1996/97 a produtividade do grão no estado tem variado entre 2,7 e 3,19 ton./ha.

Baixar custos é de fato desafio permanente dos produtores. Mas o que se vê na produção de soja é o oposto. O custo médio de produção subiu 21%, o preço das sementes subiu 53% e os agrotóxicos subiram 20%, de acordo com levantamento recente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. Na ponta do lápis, o agricultor que produzir as esperadas 3 toneladas por hectare gastará o equivalente a 2,4 ton./ha, ficando apenas com 600 kg/ha. Do ponto de vista macro, vê-se que boa parte dos R$ 136 bi que o governo anunciou para o Plano Safra 2013/14 vai para as empresas de insumos e agroquímicos.

As patentes da soja RR da Monsanto não têm mais validade no Brasil, apesar das tentativas judiciais impetradas pela empresa. Com a soja RR2, a Monsanto lança novas promessas tecnológicas, mas ganha mesmo é novo prazo para cobrança de royalties. Em 2012, manifestara a intenção de cobrar R$ 115/ha pelo uso de sua nova semente.

A soja RR2 vem sendo chamada por alguns de “segunda geração de transgênicos de soja”. Entenda-se pelo termo o mero cruzamento da soja Roundup Ready com uma soja que leva o Bt, toxina que mata alguns tipos de lagarta. RR e Bt respondem por 100% dos transgênicos cultivados desde sua introdução na agricultura em meados da década de 1990. Portanto, para além da marquetagem, onde está de fato a inovação?

Nos documentos apresentados à CTNBio consta que esta soja seria para controle prioritário da lagarta da soja e, em segundo plano, da falsa medideira e da broca das axilas. Um surto da lagarta Helicoverpa causou prejuízo bilionárioem lavouras transgênicas. Agora anuncia-se que a praga está também no espectro de controle da soja RR2.

Ainda no encarte do Valor, um entrevistado disse que a semente "É uma nova geração biotecnológica, a primeira soja com inseticida natural, que requer muito menos inseticida". Ou ele não sabe o que é inseticida, ou o que é natural.

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Neste número:

1. Mais pragas já resistem a plantas com gene transgênico, diz estudo

2. Monsanto afirma que revê valor de royalty

3. Custos aumentam na safra 2013/14

4. Auxílio de Brasília na liberação de soja da Monsanto pela China

5. Etanol celulósico é crucial para atender a demanda

A alternativa agroecológica

Plano da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica deve sair nos próximos dois meses

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1. Mais pragas já resistem a plantas com gene transgênico, diz estudo

Mais espécies de pragas têm se tornado resistentes aos tipos mais populares de cultivos transgênicos que repelem insetos, exceto em regiões onde os fazendeiros seguem os conselhos dos especialistas.

Um estudo publicado na edição da revista “Nature Biotechnology” desta semana aborda um aspecto importante dos chamados milho e algodão Bt – plantas que carregam um gene cuja finalidade é exalarem uma bactéria denominada Bacillus thuringiensis, tóxica para os insetos.

Cientistas franceses e americanos analisaram as descobertas de 77 estudos realizados em oito países de cinco continentes, a partir de dados de monitoramentos de campo.

Das 13 principais espécies de pragas examinadas, cinco eram resistentes em 2011, em comparação com apenas uma em 2005, afirmaram. O marco de referência foi uma resistência em mais de 50% dos insetos em uma área determinada. Das cinco espécies, três eram pragas de algodão e duas, de milho.

Três dos cinco casos de resistência foram registrados nos Estados Unidos, que respondem por menos da metade dos cultivos de Bt, enquanto os outros foram encontrados em África do Sul e Índia.

O restante da matéria está em G1, publicado em 12/06/2013

2. Monsanto afirma que revê valor de royalty

O presidente da Monsanto no Brasil, Rodrigo Santos, declarou ontem que a companhia está revendo o valor dos royalties que pretende cobrar sobre o uso da segunda geração de transgênicos de soja no Brasil. A declaração foi dada ontem durante o seminário “Caminhos da Soja”, promovido pelo Valor em parceria com a multinacional.

A nova tecnologia, que recebeu o nome comercial de Intacta RR2 PRO, começa a ser comercializada na safra 2013/14, com pelo menos um ano de atraso em relação à meta inicial, devido à demora da China em aprovar o produto. A liberação foi anunciada na segunda-feira.

Em 2012, a Monsanto manifestou a intenção de cobrar o equivalente a R$ 115 por hectare pelo uso da semente, que torna as plantas resistentes ao herbicida glifosato e ao ataque de algumas lagartas. Segundo Santos, o valor refletia as condições do mercado à época e, por isso, está sendo revisto. A nova quantia deve ser anunciada até a semana que vem.

O executivo disse ainda que a Monsanto e as sete sementeiras hoje autorizadas a reproduzir a tecnologia dispõem de aproximadamente de 3 milhões de sacas da variedade a nova safra, que começa a ser plantada. O volume deve ser suficiente para cobrir uma área de 2,5 milhões de hectares (pouco menos de 10% da área total cultivada em 2012/13).

A adoção da segunda geração de transgênicos pode gerar um ganho médio de produtividade de aproximadamente 5,84 sacas de 60 quilos por hectare, de acordo com estudo de campo apresentado durante o evento pela consultoria MB Agro (braço de agronegócios da MB Associados) e patrocinado pela Monsanto.

De acordo com a MB Agro, o acréscimo de produtividade levaria a um aumento de renda ao produtor de R$ 292 por hectare, mantidos os atuais níveis de preço. Ainda segundo a consultoria, a adoção da nova tecnologia em pelo menos metade da área plantada aumentaria em 4,8 milhões de toneladas a produção potencial do país e em R$ 4,2 bilhões o valor bruto da produção, mantidos os patamares atuais de área e preço.

O presidente da Monsanto no Brasil, Rodrigo Santos, declarou ontem que a companhia está revendo o valor dos royalties que pretende cobrar sobre o uso da segunda geração de transgênicos de soja no Brasil. A declaração foi dada ontem durante o seminário “Caminhos da Soja”, promovido pelo Valor em parceria com a multinacional.

A nova tecnologia, que recebeu o nome comercial de Intacta RR2 PRO, começa a ser comercializada na safra 2013/14, com pelo menos um ano de atraso em relação à meta inicial, devido à demora da China em aprovar o produto. A liberação foi anunciada na segunda-feira.

Em 2012, a Monsanto manifestou a intenção de cobrar o equivalente a R$ 115 por hectare pelo uso da semente, que torna as plantas resistentes ao herbicida glifosato e ao ataque de algumas lagartas. Segundo Santos, o valor refletia as condições do mercado à época e, por isso, está sendo revisto. A nova quantia deve ser anunciada até a semana que vem.

O executivo disse ainda que a Monsanto e as sete sementeiras hoje autorizadas a reproduzir a tecnologia dispõem de aproximadamente de 3 milhões de sacas da variedade a nova safra, que começa a ser plantada. O volume deve ser suficiente para cobrir uma área de 2,5 milhões de hectares (pouco menos de 10% da área total cultivada em 2012/13).

A adoção da segunda geração de transgênicos pode gerar um ganho médio de produtividade de aproximadamente 5,84 sacas de 60 quilos por hectare, de acordo com estudo de campo apresentado durante o evento pela consultoria MB Agro (braço de agronegócios da MB Associados) e patrocinado pela Monsanto.

De acordo com a MB Agro, o acréscimo de produtividade levaria a um aumento de renda ao produtor de R$ 292 por hectare, mantidos os atuais níveis de preço. Ainda segundo a consultoria, a adoção da nova tecnologia em pelo menos metade da área plantada aumentaria em 4,8 milhões de toneladas a produção potencial do país e em R$ 4,2 bilhões o valor bruto da produção, mantidos os patamares atuais de área e preço. (...)

Valor Econômico, 12/6/2013

3. Custos aumentam na safra 2013/14

A escalada nos custos de produção e o risco de desvalorização da soja na safra 2013/14 estão tirando o sono dos agricultores de Mato Grosso, que já consideram como certa uma nova queda na rentabilidade no atual ciclo.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo médio total de produção no Estado subiu 21% neste ano, para R$ 2.315,47 por hectare. “O aumento é considerável, uma vez que a cotação da soja só vem caindo”, afirma Daniel Latorraca, gestor da entidade. Só o custo com sementes subiu quase 53%, segundo ele.

Para agravar o cenário, a tendência é de queda para os preços da soja. Desde novembro, a cotação da oleaginosa em Rondonópolis recuou cerca de 18%, de R$ 70,26 para R$ 57,50 por saca.

A tensão cresce em meio à perspectiva de uma supersafra nos EUA e de mais um aumento de área em Mato Grosso, que poderia levar a produção a superar a barreira das 25 milhões de toneladas. “Todos esses números nos dão a projeção de preços menores”, concluiu Latorraca.

De acordo com a Agroconsult, a rentabilidade média sobre os custos diretos em Mato Grosso pode cair mais de 30%, para R$ 620 por hectare, se as projeções em relação ao tamanho da produção se confirmarem. “Se contabilizarmos itens como depreciação e preço de arrendamento, o produtor pode ficar muito perto do “break even”, afirma André Pessôa, sócio-diretor da consultoria.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja no Brasil (Aprosoja), Glauber Silveira, afirmou ontem, durante o Seminário “Caminhos da Soja”, promovido pelo Valor, estar “apreensivo” com o cenário que se desenha. “Se a safra americana se consolidar, podemos ter problemas”. Segundo ele, a logística deve pressionar ainda mais as margens do setor.

André Pessôa, da Agroconsult, lembra que as tradings arcaram com a alta dos fretes rodoviários na safra 2012/13, mas a conta vai ser repassada para o produtor no novo ciclo. Ele estima que o prejuízo com a alta desse custo oscilou entre R$ 50 e R$ 100 por tonelada.

A alta dos defensivos também preocupa. De acordo com Silveira, o insumo já subiu 20% em dólar. Segundo ele, os agricultores de Mato Grosso devem gastar até nove sacas de soja na compra de agrotóxicos na próxima safra, ante sete na última.

Diante das incertezas, a comercialização da nova safra está mais lenta. Analistas estimam que apenas 25% da produção esperada já tenha sido vendida, ante mais de 50% há um ano. Com isso, as operações de barter (troca de insumos por sacas de soja) também estão travadas.

Por isso, os produtores têm preferido as compras de insumos à vista. Segundo o Imea, eles já fecharam a aquisição de mais de 60% dos insumos (sementes, fertilizantes e defensivos) para a safra 2013/14, sendo 40% com pagamento à vista e apenas 20% em sistema de troca. “O atraso na comercialização é ruim porque aumenta o risco do produtor, que está exposto às oscilações de preço nos próximos meses”, afirma Pessôa.

O ritmo de comercialização também está lento no Sul. De acordo com José Aroldo Gallassini, da Coamo, apenas 5% da próxima safra já foi vendida pelos produtores ligados à cooperativa. “Na última safra, as vendas antecipadas começaram a R$ 49 por saca, e depois subiram a R$ 64. No momento, os produtores estão vendendo com valores entre R$ 51 e R$ 54, na expectativa de que haja ainda algum ganho”, concluiu. (MC, GFJ e LHM)

Valor Econômico, 12/06/2013

4. Auxílio de Brasília na liberação de soja da Monsanto pela China

Na liberação comercial da soja Intacta, produzida pela americana Monsanto, sem dúvida pesou o lobby favorável dos produtores rurais do Brasil, que foram à Pequim solicitar o sinal verde do gigante asiático. Mas a situação só mudou realmente quando o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, resolveu intervir e negociar com autoridades chinesas.

A visita do ministro Antônio Andrade ao país, sobretudo pelo “timing”, além das gestões do Ministério do Desenvolvimento, também contaram a favor, apurou o Valor. O chanceler Antonio Patriota entrou pessoalmente nas conversas. Nem mesmo a troca do embaixador do Brasil em Pequim atrapalhou – Valdemar Carneiro Leão substituiu Clodoaldo Hugueney.

O principal argumento das autoridades brasileiras nas negociações bilaterais foi que a variedade beneficiaria especificamente o mercado nacional, ainda que algumas áreas do norte da Argentina possam utilizar a nova semente. Além disso, os argentinos também entraram na arena para reivindicar a liberação. Isso pesou de forma significativa para a aprovação, segundo fontes brasileiras.

No início, os chineses encaravam a nova tecnologia como um assunto de interesse restrito apenas dos Estados Unidos. O governo brasileiro relatou o avanço da variedade Cultivance, desenvolvida pela estatal Embrapa em parceria com a alemã Basf, para realçar se tratar de uma questão de Estado para o país. Esse “escudo” teria auxiliado a arrefecer a rejeição do governo chinês.

Mesmo com a demora na aprovação pelo principal cliente das exportações brasileiras, a Monsanto teria condições de atender, já na safra 2013/14, a 10% da área plantada de soja aqui, ou algo próximo de 2,8 milhões de hectares. Haveria 1,8 milhão de sacas disponíveis no Brasil. O principal atrativo da variedade é a resistência ao herbicida glifosato e a lagartas, cujo prejuízo acumulado superou R$ 1 bilhão na safra 2012/13, segundo os produtores.

A semente está aprovada no Brasil desde agosto de 2010. Mesmo com a aprovação, a China ainda precisa emitir um certificado de biossegurança para sacramentar a decisão e abrir caminho ao produto nacional. Normalmente, uma autorização comercial demora 270 dias.

No início de maio, uma comitiva oficial que deveria ter sido liderada pelo ministro Antonio Andrade fez, sem sucesso, gestões junto a autoridades chinesas. Estiveram no grupo, chefiado pelos secretários Celio Porto (Relações Internacionais) e Enio Marques (Defesa Agropecuária), o diretor-executivo da associação dos produtores de sementes, José Américo Rodrigues, e o gerente de assuntos industriais da Monsanto, Otávio Cançado.

Valor Econômico, 11/06/2013

5. Etanol celulósico é crucial para atender a demanda

A demanda brasileira por etanol só poderá ser atendida ao longo desta década se o país fizer deslanchar a produção do etanol celulósico – o chamado etanol de segunda geração -, afirmou o empresário Bernardo Gradin, no seminário “agricultura como Instrumento de Desenvolvimento Econômico”, realizado ontem pelo Valor e pela Bayer CropScience, braço agrícola da multinacional alemã, em São Paulo.

Citando projeções da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o executivo disse que o consumo de etanol saltará dos atuais 22 bilhões de litros para algo entre 47 bilhões e 68 bilhões de litros em 2020. Nessas estimativas, a Unica considera que os carros flex representarão entre 80% e 85% da frota do país. “Mas o etanol de primeira geração não vai conseguir suprir essa demanda”, afirmou Gradin.

Gradin é um dos fundadores da GranBio, empresa que detém um megaprojeto de produção de etanol celulósico. A companhia é uma das maiores apostas dos Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)* para tornar viável economicamente a produção de etanol de segunda geração. A empresa está construindo uma unidade de etanol celulósico no Estado de Alagoas. Com previsão de entrar em operação em fevereiro de 2014, a planta terá capacidade para produzir 82 milhões de litros de etanol por ano, segundo o empresário. Trata-se da maior unidade voltada à produção de etanol celulósico do país.

Bernardo Gradin acredita que o etanol de segunda geração terá viabilidade econômica num prazo relativamente curto – de três a cinco anos. “A tecnologia já está mais presente do que os formuladores de políticas públicas pensam”, disse o empresário.

Nesse contexto, projeta ele, o biocombustível de segunda geração contribuirá com um aumento de 45% na produção de etanol. O executivo faz esses cálculos considerando uma colheita de 80 toneladas de cana por hectare. Atualmente, essa quantia é capaz de produzir 3,3 mil litros de etanol. Com o celulósico, o bagaço dessa mesma cana produziria 500 litros, enquanto que a palha da cana contribuiria com mais 1,1 mil litros.

Mas o otimismo do fundador da GranBio não é compartilhado por Pedro Mizutani, vice-presidente de etanol, açúcar e bioenergia da Raízen (joint venture entre Cosan e Shell), líder na produção de açúcar e etanol no país. Segundo ele, a tecnologia pode levar até dez anos para se tornar viável, uma vez que os custos, principalmente de enzimas, ainda são impeditivos. (LHM)

Valor Econômico, 05/6/2013



* Não custa lembrar outra grande aposta como essa em que o Estado brasileiro injetou muito dinheiro e o resultado final foi parar na mão da Monsanto:

Ministro Sérgio Resende critica venda de Alellyx e Canavialis para a Monsanto

“Não sei quanto a Votorantim colocou nessas empresas ao longo desses anos, mas o setor público colocou muito dinheiro”, disse Rezende. “A venda para qualquer grupo estrangeiro é decepcionante. Como é que eles foram vender duas jóias como essas, tão importantes para o País?”

Segundo Rezende, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), aprovou R$ 49,4 milhões em subvenção econômica (investimento a fundo perdido) para pesquisas nas empresas nos últimos três anos – dos quais R$ 6,4 milhões já foram desembolsados. “São duas empresas que receberam investimentos do governo e, justo quando esse investimento estava amadurecendo, foram vendidas por um preço bastante módico”, disse. A venda para a Monsanto foi fechada por US$ 290 milhões (R$ 616 milhões).

O investimento público já desembolsado representa cerca de 6% do que foi investido pela Votorantim nas empresas – entre R$ 95 milhões e R$ 100 milhões. Os convênios com a Finep foram firmados por meio de editais públicos, em que muitas empresas foram beneficiadas. (…)

O Estado de S. Paulo, 05/11/2008.

A alternativa agroecológica

Plano da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica deve sair nos próximos dois meses

Confira na página da Articulação Nacional de Agroecologia entrevista com Selvino Heck, secretário executivo da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica e assessor especial da Secretaria Geral da Presidência da República.

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Campanha Brasil Ecológico, Livre de Transgênicos e Agrotóxicos

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