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Escola Milton Santos é ameaçada de despejo


No dia 09 de junho, a escola foi notificada da reintegração de posse dos 4,5 hectares da área. A justiça estabeleceu um prazo de 10 dias, para a desocupação da área. A Escola Milton Santos, está localizada numa área pública, na Gleba Ribeirão Colombo, na divisa com o município de Paiçandú. O local foi cedido oficialmente em 2004, por 20 anos, em concessão de uso a título gratuito, pela Prefeitura do Município de Maringá (PMM), ao Instituto Técnico de Educação e Pesquisa da Reforma Agrária (ITEPA) e à Universidade Federal do Paraná (UFPR). Foram concedidos a escola cerca de 79 hectares de terra, numa área totalmente degradada, onde antes haviam ruínas de um projeto de indústria de cerâmica que jamais funcionou e serviam como depósito de lixo e espaço de prostituição A construção da Escola Milton Santos teve início em junho de 2002, com a implantando de um Centro de Educação e Capacitação para o desenvolvimento da Agroecologia. Um espaço de formação de trabalhadores rurais e urbanos. Em quatro anos de funcionamento, 188 educandos e educandas de Maringá e outros municípios paranaenses, estudaram no Curso Técnico em Agropecuária com ênfase em Agroecologia. O curso funciona em parceria com a Escola Técnica da UFPR. Processo No final de 2004, a escola foi notificada que dois hectares da área, haviam sido doados à Secretaria de Estado da Justiça, para construir uma Casa de Detenção Provisória. Ao verificar a "dupla concessão", foi constatado cerca de 6,5 hectares cedida ao projeto da Escola Milton Santos, estava registrada em outra matrícula. Isso deixa de fora a concessão da sede da escola, onde funcionam sala de aula, refeitório, cozinha, biblioteca, sala de informática, secretaria, ciranda infantil, banheiros e alojamento. Para tentar solucionar o problema, no dia 11 de março do ano passado, foi realizada uma audiência, com o prefeito municipal Sílvio Barros, representantes do ITEPA e o reitor da UFPR. Durante a audiência foi pedido ao prefeito a regularização da área onde está a escola. O prefeito solicitou o projeto pedagógico da Escola para análise, para depois se posicionar. A Prefeitura não deu nenhum retorno do pedido, prejudicando, a execução das novas construções e a continuidade das reformas. Assessoria de Comunicação do Paraná Solange Engelmann (41) 3324 7000 www.mst.org.br Autor/Fonte: Comunicação MST PR



Ações: Conflitos Fundiários

Eixos: Terra, território e justiça espacial