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Organizações querem rigor nas investigações e responsabilização da Syngenta pelos crimes


Hoje a tarde, organizações de Direitos Humanos e movimentos sociais solicitarão das autoridades maior rigor nas investigações sobre a responsabilidade da Syngenta, da Sociedade Rural do Oeste do Paraná e da NF Segurança e sua participação no ataque ao acampamento da Via Campesina no campo experimental da Syngenta Seeds no Paraná.As organizações enviarão Representação ao Procurador Geral de Justiça, ao delegado que conduz o caso, em Cascavel, ao Ministério da Justiça, solicitando que seja decretada a prisão de Alessandro Meneghel, presidente da Sociedade Rural e de Nerci Freitas, dono da empresa de segurança NF.Também que a empresa Syngenta indique o funcionário responsável pela contratação de serviços de segurança, e que a polícia interrogue os diretores da empresa no Brasil e os responsabilize pela contratação de milícias privadas.
Para as organizações, a responsabilidade das Syngenta, da Sociedade Rural do Oeste do Paraná e da NF é clara.
As organizações tiveram acesso a documentos de uma investigação da Policia Federal sob a empresa NF, realizada em setembro, em que a Polícia Federal concluiu que: foi identificado que a empresa NF recrutaria os seguranças particulares que atuam nas desocupações (...) a maioria das pessoas contratadas pela empresa nem mesmo tem capacitação/autorização para atuarem como seguranças particulares, agindo na ilegalidade; . As informações constam do Ofício 06/07 e foram assinadas pelo Delegado da Policia Federal José Alberto Iegas. Durante a operação da Policia Federal, em setembro, uma das sócias da empresa foi presa, por ter sido constatada ilegalidades na munição e nos armamentos em posse da empresa. Para a Policia Federal, também teria ficado claro que empresas e a Sociedade Rural do Oeste do Paraná são os principais e mais regulares tomadores de serviços das empresas de segurança.. Apenas 01, dos sete seguranças presos prestou depoimento. Os restante, recusou-se a falar.
Além da representação, as organizações enviaram ao Ministério da Justiça, ao Ministério Público Federal, à Secretaria de Segurança Pública e à Policia Federal pedido de proteção aos trabalhadores acampados na região Oeste do Paraná, especialmente de Celso Barbosa e Célia Aparecida Lourenço, que foram perseguidos pelos seguranças; durante o ataque na manhã de domingo, e, juntamente com Keno, vinham sendo ameaçados há mais de 06 meses.
ONU receberá comunicado sobre tragédia no Paraná

Nesta terça (23), as organizações que assinam abaixo enviam ao Relator de Execuções Sumárias da ONU , Sr. Phillip Alston, comunicado sobre o ocorrido no Paraná e pedem providências.

Assinam os pedidos às autoridades:

Coordenação dos Movimentos Sociais ( CUT, MST, Movimento Nacional de Luta pela Moradia, União Nacional dos Estudantes)

Organizações de Direitos Humanos:

Associação Brasileira pela Reforma Agrária - ABRA
Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos R11; ABRANDH
CEAP Centro de Educação e Assessoramento Popular
Comissão Pastoral da Terra - CPT
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs R11; CONIC
Centro de Justiça Global
Fala Preta
FASE - Solidariedade e Educação
FIAN Brasil
Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais
Terra de Direitos

Imprensa: Ana Carolina (41)92259055

Autor/Fonte: Vários



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Eixos: Terra, território e justiça espacial