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Portal da Conaq e Terra de Direitos recebe medalha de prata em concurso nacional de design


Prêmio foi dado à empresa mineira responsável por desenvolver o website do levantamento ‘Quilombolas Contra Racistas’  

O website que abriga o projeto Quilombolas Contra Racistas, uma iniciativa da Terra de Direitos e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), recebeu medalha de prata na categoria Design Digital no prêmio Brasil Design Award. A premiação realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign) aconteceu de maneira virtual no dia 7 de dezembro, e premiou iniciativas do Brasil inteiro em 10 categorias.

O design que deu medalha de prata ao site Quilombolas Contra Racistas é de responsabilidade da empresa mineira Amí Comunicação e Design, cuja proposta de website foi pensada de forma a atender as demandas apresentadas pela Conaq e Terra de Direitos.

Quilombolas Contra Racistas é uma plataforma de monitoramento de discursos racistas proferidos por autoridades públicas, lançado no final de 2020. O site abriga uma linha do tempo que identificou 55 discursos racistas de autoridades feitos entre 2019 e 2020, divididos em cinco categorias: reforço de estereótipos racistas, incitação à restrição de direitos, promoção da supremacia branca, negação do racismo e justificação ou negação da escravidão e do genocídio. A coleta de dados foi baseada apenas em declarações divulgadas na imprensa – ou seja, a quantidade de discursos racistas de autoridades que não foram noticiadas pode ser muito maior.

Entre um ano e outro, o número de discursos aumentou 143% - em 2020, discursos racistas foram registrados em todos os meses mês. Praticamente 1 a cada 4 ocorrências identificadas neste monitoramento foi de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O levantamento produzido pela Conaq e pela Terra de Direitos chama a atenção para a gravidade da existência – e da recorrência – desse tipo de situação. “O discurso racista proferido por altas lideranças políticas, como chefes do poder executivo, membros do poder legislativo, cargos de direção e assessoramento do governo federal, ou ainda, por autoridades do sistema de justiça é especialmente grave. Em primeiro lugar, estas pessoas têm como função pública cumprir a Constituição, respeitar os direitos humanos, legislar, fiscalizar e propor políticas públicas. Em segundo lugar, o impacto negativo do discurso é de maior proporção, já que as autoridades têm potencial de influenciar a opinião pública”, destacam as organizações no site.

Em breve, o site deve ser novamente atualizado com os dados de 2021.

Você pode conferir o levantamento e o design premiado no site www.quilombolascontraracistas.org.br

 



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Ações: Quilombolas

Eixos: Política e cultura dos direitos humanos