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Via Campesina produz agroecológicos no antigo campo da Syngenta


As 62 famílias da Via Campesina, acampadas em frente ao antigo campo de experimento, desde março de 2006, em Santa Tereza do Oeste, estão recuperando a biodiversidade e transformando o ex-campo de transgênicos, em um espaço de produção agroecológica. Na área de 127 hectares, os trabalhadores já plantaram cerca de 60 hectares com feijão, milho, arroz, mandioca, amendoim, entre outros. A produção é para a subsistência dos camponeses. Também foram plantadas cerca 3.000 árvores nativas, durante a Jornada de Agroecologia de 2006. Desde o início, o objetivo dos camponeses era transformar o local em referência de produção agroecológica.Em novembro do ano passado a área foi desapropriada pelo governo do Paraná, Roberto Requião, para a implantação de um Centro de Pesquisa e Estudo em Agroecologia, na época mais de 170 entidades do Brasil e do exterior apoiaram a desapropriação da Fazenda. O local foi ocupado pela Via Campesina para denunciar a produção de soja e milho transgênicos, dentro da zona de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçú, á 6 km do local, que guarda uma das maiores riquezas da biodiversidade do mundo, as Cataratas do Iguaçu. Após a denúncia da Via Campesina, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) multou a multinacional em R$ 1 milhão pelo crime contra a biossegurança. Mas até o momento a multa ainda não foi paga. A alegação da Syngenta, de que suas atividades são legais não procede porque a empresa violou uma lei federal que protege o meio ambiente. A CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) e o Ministério Público não podem autorizar pesquisas ou experimentos que violem a legislação. Crimes da Syngenta A empresa de sementes suíça Syngenta Seeds é responsável pelo maior caso de contaminação genética comprovado no mundo. Nos Estados Unidos, a multinacional comercializou durante quatro anos de forma criminosa o milho Bt10, vendido como Bt11. O milho transgênico da empresa não foi avaliado pelos órgãos reguladores e nem seus efeitos sobre a saúde humana e o meio ambiente, e não estava autorizado a circular. As sementes comercializadas contaminaram o milho exportado para vários países. Pesquisa na Malásia mostra inúmeras intoxicações e mortes de pessoas que usavam regularmente o herbicida Paraquat da Syngenta, hoje comercializado pela transnacional em mais de 100 países. Em março de 2006 a multinacional foi multada em R$ 1 milhão pelo Ibama, pela pratica de experimento e plantio de soja e milho transgênicos na zona de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná. Via Campesina Informações a imprensa Assessoria de imprensa da Via Campesina Solange - (41) 33247000 Jakeline - (41) 96765239 Autor/Fonte: MST Paraná



Ações: Biodiversidade e Soberania Alimentar, Conflitos Fundiários

Eixos: Terra, território e justiça espacial