Políticas públicas serão tema de Seminário na 14ª Jornada de Agroecologia
Com o lema "Terra livre de transgênicos e sem agrotóxicos", a 14ª edição da Jornada de Agroecologia será realizada entre os dias 22 e 25 de julho, na cidade de Irati, região Sul do Paraná. O evento contará com plenárias do teólogo e escritor Leonardo Boff e do economista João Pedro Stédile, um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Considerada um momento de formar novos laços entre o conjunto de movimentos, organizações, forças sociais e políticas do meio rural e da cidade, na construção de um projeto popular para o Brasil, a Jornada de Agroecologia é um momento de troca de experiências, estudo e formação.
Sem nenhum custo, a Jornada faz parte de um processo de articulação das organizações que promovem a agroecologia e a soberania da agricultura brasileira. Por isso, no acampamento tudo é construído coletivamente, desde a organização dos ônibus, até a cozinha.
Para a participação no evento e no acampamento, será disponibilizado espaço para montagem de pequenas barracas pessoais. Cada participante deverá levar 1 kg de sementes para partilhar com os demais e garantir o intercâmbio de sementes durante o último dia da Jornada.
A Terra de Direitos estará presente no evento, promovendo o Seminário Políticas Públicas para a Agroecologia.
Saiba mais sobre a Jornadas de Agroecologia no site.
Confira o evento da 14ª edição.
Participe do Seminário de Políticas Públicas Para a Agroecologia
Para a Jornada deste ano a Terra de Direitos, somada ao Movimento dos Pequenos Agricultores, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Articulação Puxirão dos Povos Faxinalenses, Centro Missionário de Apoio ao Campesinato, Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo, e Agroecologistas da Região de Irati, prepararam o Seminário Temático: “Políticas Públicas para a Agroecologia”, que acontecerá no dia 24 de julho de 2015, das 13h30 às 17h00.
O seminário irá reunir gestores públicos das três esferas dos poderes públicos, pesquisadores, agricultoras e agricultores e membros de povos e comunidades tradicionais para debater conjuntamente questões relacionadas aos programas e políticas públicas voltadas à agricultura familiar e agroecológica, os seus desafios e suas possibilidades.
As ações dos governos federais e estaduais para o campo devem ser analisadas na atividade. Os participantes também terão a oportunidade de se reunir em grupos para debater assuntos direcionados, como avaliação de programas de promoção da agricultura agroecológica, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A criminalização da agricultura e a análise de políticas públicas que incluam povos e comunidades tradicionais também serão discutidas pelos grupos.
As propostas resultado do debate provocado pelo Seminário serão sistematizadas em um documento, que servirá de base para a carta da Jornada.
O assessor jurídico da Terra de Direitos, André Dallagnol, é um dos organizadores da atividade, e explica que o seminário deve explicitar as contradições entre compromissos firmados e as ações tomadas pelo governo nos últimos tempos, que vão contra a promoção da agroecologia.
"No primeiro ano após as eleições o cenário político nacional vem se configurando de maneira atípica, ainda em clima eleitoral, onde as contradições dentro do próprio governo ficam ainda mais evidentes", avalia. "Reduzir verbas destinadas à reforma agrária e ampliar o crédito para o agronegócio são apenas um dos efeitos da correlação assimétrica de forças dentro do próprio governo".
Levantamentos atuais revelam o que os movimentos do campo já sabiam há muito tempo: o modelo promovido pelo agronegócio é insustentável – aumenta a desigualdade social, impacta negativamente na saúde humana e ao meio ambiente, não dá conta de alimentar a população e é totalmente incompatível com a agroecologia.
“Por isso, a transição agroecológica vem se mostrando cada vez mais necessária por promover o resgate de práticas culturais e tradicionais, fortalecendo a identidade camponesa a segurança e soberania alimentar da população, além de combater à fome”, explica Dallagnol.
Participe do evento do seminário para acompanhar notícias e acessar materiais que servirão de subsídio para o debate.
Clique na imagem e veja a programação completa da 14ª Jornada de Agroecologia:
Ações: Biodiversidade e Soberania Alimentar
Eixos: Biodiversidade e soberania alimentar