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Vidas em Luta: criminalização e violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil - 2017


A segunda edição do Dossiê Vidas em Luta, uma publicação do Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH), traz um conjunto de artigos, escritos por integrantes das 34 organizações que compõem o CBDDH, com análises sobre a violência e a criminalização contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil em 2017.

O ano se configurou como um dos mais violentos para quem atua na defesa de direitos no Brasil. As análises contidas na segunda edição do Dossiê Vidas em Luta trazem relatos de assassinatos, ameaças, criminalização, além de reafirmarem um cenário de impunidade para todas e todos aqueles que cometem violências contra defensoras e defensores no país.

A publicação mostra principalmente os ataques contra a comunidades tradicionais, indígenas, ribeirinhos, trabalhadores/as rurais sem-terra, população LGBTI, moradores/as de periferias e povos de terreiros, além de casos de impunidade envolvendo defensoras(es). A publicação destaca, ainda, as especificidades da violência crescente sofrida pelas defensoras de direitos humanos no Brasil.

Em 2017, foi registrado um altíssimo número de assassinatos nos centros urbanos, principalmente nas periferias. No campo, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) contabilizou cinco massacres, marca anual jamais registrada pela entidade em seus mais de trinta anos de registros de conflitos no campo. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta que foram mortos 179 travestis, mulheres transexuais e homens trans no Brasil. Para as comunidades quilombolas, também foi o ano mais violento, com 18 assassinatos de quilombolas. Violações à liberdade de expressão e à liberdade artística, violência e ameaças contra, indígenas, ribeirinhos e quebradeiras de coco babaçu são outros casos identificados em 2017 e analisados neste material.

Essa é a segunda edição do Dossiê Vidas em Luta. A primeira, lançada em julho do ano passado, revelou que apenas em 2016 foram assassinados 66 defensores e defensoras de direitos humanos no país e outros 64 foram criminalizados, atacados ou ameaçados.

 

FICHA TÉCNICA

Título: Vidas em luta - Criminalização e violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil - 2017

Realização: Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos.

Organizadores: Paloma Gomes, Gisele Barbieri, Euzamara Carvalho, Layza Queiroz Santos, Julia Lima, Paulo Cesar Moreira e Antonio Neto

Autoria: Carlos Walter Porto-Gonçalves, Danilo Pereira Cuin, Julia Nascimento Ladeira, Marlon Nunes Silva, Pedro Catanzaro da Rocha Leão, Milena Argenta, Layza Queiroz Santos, Sandra Carvalho, Alice De Marchi Pereira de Souza, Lena Azevedo, Babalorixá Everaldo José da Silva Júnior de Oxum, Egbomi do Ilé Àṣẹ Ògún Omikaiye, Airton dos Reis Pereira, José Batista Gonçalves Afonso, Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), Isabela da Cruz, Larissa Vieira, Cleber César Buzatto, Gilberto Vieira dos Santos, Fernanda Maria Vieira, Luciana Pivato, Joice Silva Bonfim, Liliane Pereira Campos, Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), Rede de Articulação e Justiça Ambiental dos Atingidos pelo Projeto Minas-Rio da Anglo American, Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular, Movimento pela Soberania Popular na Mineração, Thiago Firbida

Edição e revisão final: Silmara Vitta

Diagramação e editoração: Ebó Studio

Apoio:  Ford Foudation, Misereor, Open Society Foudations,

Rio de Janeiro: Justiça Global, 2018. p. 164



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Ações: Defensores e Defensoras de Direitos Humanos
Eixos: Política e cultura dos direitos humanos
Tags: Dossiê,Vidas em luta,defensores de direitos humanos,violência defensores de direitos humanos,criminalização,movimentos sociais