Dossiê analisa violência e criminalização contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil em 2017
Na próxima segunda-feira (10), às 18h, em Brasília (DF), a rede de 34 organizações que compõem o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH) fará a primeira de uma série de três eventos para lançar o Dossiê Vidas em Luta 2: Criminalização e violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil em 2017.
A segunda edição do Dossiê traz um conjunto de artigos, escritos por integrantes das organizações que integram o CBDDH, com análises sobre a violência e a criminalização contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil em 2017. A primeira edição do Dossiê Vidas em Luta foi lançada em julho de 2017.
Na capital federal, o lançamento da publicação contará com a presença da defensora Lídia Roberta de Amaral, liderança da comunidade quilombola de Pérola do Maicá, em Santarém, no Oeste do Pará. Lídia é presidente da Associação de Remanescentes de Quilombos do Arapemã residentes no Maicá, comunidade que vive há anos sob intimidações e ameaça de construção de um porto da Empresa Brasileira de Portos de Santarém (Embraps) na região do Lago do Maicá, o que trará inúmeros impactos ambientais, econômicos e sociais para a comunidade.
A violência em todo o território nacional contra comunidades tradicionais, indígenas, ribeirinhos, trabalhadores/as rurais sem-terra, população LGBTI, moradores/as de periferias e povos de terreiros, além de casos de impunidade envolvendo defensoras(es), são relatados na nova edição do Dossiê. A publicação destaca, ainda, as especificidades da violência crescente sofrida pelas defensoras de direitos humanos no Brasil.
Um dos anos mais violentos – Em 2017, foi registrado um altíssimo número de assassinatos nos centros urbanos, principalmente nas periferias. No campo, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) contabilizou cinco massacres, marca anual jamais registrada pela entidade em seus mais de trinta anos de registros de conflitos no campo. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta que foram mortos 179 travestis, mulheres transexuais e homens trans no Brasil. Para as comunidades quilombolas, também foi o ano mais violento, com 18 assassinatos de quilombolas. Violações à liberdade de expressão e à liberdade artística, violência e ameaças contra, indígenas, ribeirinhos e quebradeiras de coco babaçu são outros casos identificados em 2017 e analisados na segunda edição do Dossiê Vidas em Luta.
O primeiro lançamento será realizado em Brasília (DF) no Auditório do Sebinho – Cultura e Gastronomia (SCLN 406, Bloco C – Asa Norte), juntamente com o Lançamento do filme documentário “Encantadas: Mulheres e suas lutas na Amazônia, produção do Centro Feminista de Estudos e Assessoria(CFEMEA) e Geodésica Produções. O documentário retrata a resistência das mulheres defensoras de direitos humanos em diversos territórios da Amazônia.
O Dossiê Vidas em Luta também será lançado em mais dois eventos. Na terça-feira (11), também em Brasília (DF), durante o Encontro Nacional do Programa de Proteção aos Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos; e na quinta-feira (13) na Cidade de Goiás, como parte da programação do Seminário “Agrotóxicos, Impactos Socioambientais e Direitos Humanos”.
Serviço
Lançamentos do Dossiê Vidas em Luta 2: Criminalização e violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil em 2017.
Brasília
Dia 10 de Dezembro
Horário: 18h
Local: Auditório do Sebinho – Cultura e Gastronomia (SCLN 406, Bloco C – Asa Norte)
Junto com filme documentário “Encantadas: Mulheres e suas lutas na Amazônia, produção do Centro Feminista de Estudos e Assessoria(CFEMEA) e Geodésica Produções. O documentário retrata a resistência das mulheres defensoras de direitos humanos em diversos territórios da Amazônia. Indígenas, quilombolas, ribeirinhas, pescadoras, agricultoras.
11 de Dezembro
Encontro Nacional do PPDDH/Ministério dos Direitos Humanos
Horário: 9h
Local: Centro de Convenções Israel Pinheiro (Shdd, Ql 32, Conj 1 – Lago Sul, Brasília – DF)
Cidade de Goiás (GO)
13 de Dezembro
Durante o Seminário “Agrotóxicos, Impactos Socioambientais e Direitos Humanos”
Horário: 8h às 12h
Local: Igreja do Rosário (Rua Luiz Guedes Amorim, 1, Cidade de Goiás (GO) )
Ações: Defensores e Defensoras de Direitos Humanos
Eixos: Política e cultura dos direitos humanos