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Mais uma ação de despejo violento no Acampamento Chico Mendes, em Pernambuco


HistóricoO engenho de 580 hectares faz parte da massa falida da Usina Tiúma, pertencente ao grupo Votorantim. Ele foi ocupado pela segunda vez em março desse ano, durante a Jornada Nacional de Luta em lembrança aos 10 anos do massacre de Eldorado dos Carajás. Cerca de 500 famílias de trabalhadores rurais vivem no acampamento Chico Mendes, onde cultivam milho, mandioca, abacaxi, feijão, entre outras coisas. Essa é a segunda reintegração de posse concedida ao grupo do empresário Antonio Hermínio de Moraes. Em 2005, o juiz da Comarca de São Lourenço da Mata negou a reintegração de posse, que foi, mais tarde, concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. O primeiro despejo, ocorrido em julho de 2005, foi extremamente violento. Mais de 600 policiais da tropa de choque intimidaram e ameaçaram fisicamente as famílias Sem terra durante 48 horas. Bombas de efeito moral foram jogadas dentro do acampamento, que foi cercado pela polícia, impedindo a entrada de advogados, deputados e defensores de direitos humanos. As famílias que viviam há um ano e meio acampadas no local e haviam transformado uma área que se encontrava improdutiva há 17 anos em fonte de seu sustento, perderam todas as suas lavouras O Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA) tinha um prazo até esse mês para desapropriar a área, mas segundo Maria de Oliveira, Superintendente do Incra no Estado, os advogados do grupo Votorantim se negam a receber as notificações do INCRA, o que inviabiliza a vistoria da área. Mais informações: Cássia Bechara - Setor de Comunicação MST/PE: 81-9643 4331 Joba Alves - Coordenação Estadual MST/PE: 81-9649 1625 Autor/Fonte: MST PE



Ações: Conflitos Fundiários

Eixos: Terra, território e justiça espacial