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Uso de agrotóxicos aumenta nas lavouras de transgênicos


Além de questionar a eficácia das normas e da legislação para impedir a contaminação pelo milho transgênico, a nota técnica editada pela Seab constata um aumento considerável do uso de agrotóxicos nas lavouras de transgênicos. De acordo com a nota “tem aumentado o consumo de herbicidas em função da resistência que as ervas daninhas vem adquirindo com o uso de glifosato”.

A revista Veja desta semana destaca que pelo menos quatro ervas daninhas se proliferaram nas lavouras de soja transgênica no Brasil. Para o combate, os agricultores têm combinado glifosato com outros agrotóxicos. Com isso, o custo do plantio de transgênico aumentou, ao mesmo tempo em que o mercado europeu permanece pagando mais pela semente convencional.

Segundo nota da Seab, essa situação se repete com o milho MON 810, desenvolvido pela multinacional Monsanto, que contém inseticida dentro da semente. Essa alteração genética permitiria aos agricultores uma baixa aplicação de agrotóxicos sobre a plantação. Mas com a ineficácia da tecnologia transgênica, os agricultores chegam a realizar 3 aplicações de agrotóxicos sobre o milho MON 810, elevando o custo da produção ao ter de pagar royalties pela tecnologia e mais os custos com agrotóxico.

O Brasil se mantém como líder mundial dos agroquímicos, seguido pelos Estados Unidos. No ano passado, o Brasil gastou US$ 7,125 bilhões em produtos químicos para a agricultura. Mesmo registrando uma queda de 10% nas vendas nesse ano, a expectativa das grandes empresas é que o Brasil permaneça na liderança do consumo de agrotóxicos.



Ações: Biodiversidade e Soberania Alimentar

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