Gazeta do Povo | #Mapeando o vazio de Curitiba
Terra de Direitos
A Campanha #Mapeando Curitiba vem ganhando cada vez mais espaço na mídia e redes sociais. Ela foi destaque também no jornal Gazeta do Povo, neste quarta-feira (4), na coluna Entrelinhas. A iniciativa é uma realização da Frente Mobiliza Curitiba, uma articulação de organizações composta também pela Terra de Direitos. Confira:
#Mapeando o vazio de Curitiba
Em tempos de discussão sobre uma eventual desintegração tarifária da rede de transporte coletivo de Curitiba e região, o debate sobre a moradia na região central da capital ganha força. O pessoal da frente Mobiliza Curitiba sabe bem disso, e resolveu lançar a campanha #MapeandoCuritiba. A ideia é que qualquer pessoa que vir espaços vazios ou abandonados na cidade fotografe e divulgue nas redes sociais. “Queremos fazer as pessoas pensarem sobre o que poderia ser feito naquele terreno. Uma horta comunitária, por exemplo, é muito melhor do que juntar entulho”, explica a advogada da Terra de Direitos, Luana Xavier Pinto Coelho. Para isso, a campanha pede que as pessoas façam cartazes com o que gostariam que fosse construído naquele espaço. Uma creche, uma praça, uma unidade de saúde ou moradia? Tanto faz. O importante é “denunciar que tem um monte de espaço vazio em Curitiba e não há política para combater isso”, argumenta Luana.
Instrumentos legais
Criada em 2013 para debater o Plano Diretor de Curitiba – cujo processo de revisão começou no ano passado –, a Mobiliza Curitiba argumenta que a cidade possui instrumentos legais para utilizar espaços hoje “vazios”. Mas falta regulamentação. Uma maneira seria definir, por zoneamento, qual deve ser a destinação prioritária de um terreno, em um determinado bairro, explica Luana Coelho. Além disso, seria preciso taxar os proprietários que descumprem a regra com o IPTU progressivo. “Hoje a situação da moradia na cidade é insustentável. A própria classe média está sendo ‘expulsa’ dos espaços da capital”, argumenta a advogada.
Ações: Direito à Cidade
Eixos: Terra, território e justiça espacial