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Especial Sou Mulher e Luto Por | Monica Benicio


Criada na favela da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, a arquiteta e urbanista Monica Benicio define sua atuação como defensora de direitos como uma luta “para que todas as pessoas sejam livres em um mundo mais justo”. 

Feminista e militante LGBTI+, Monica teve que deixar de lado sua pesquisa de mestrado sobre violência e espaço público para acentuar ainda mais sua luta nessa área – dessa vez nas ruas. A ativista era companheira da vereadora carioca Marielle Franco, defensora de direitos humanos brutalmente assassinada no dia 14 de março de 2018, junto com o motorista Anderson Gomes. 

Quase um ano após o crime, Monica segue pedindo justiça por Marielle e Anderson, sem que, até o momento, alguma pessoa tenha sido responsabilizada. 

A arquiteta já sofreu ameaças pelas denúncias feitas relacionadas ao caso. Por esta razão, em agosto do ano passado a Comissão Interamericana de Direitos Humanos concedeu a favor de Monica medidas cautelares. Com isso, o Estado brasileiro deveria tomar medidas para proteger a vida da ativista. No entanto, as ameaças seguem sem o Estado adote qualquer medida de segurança. 

Para denunciar a falta de ações do governo brasileiro na proteção de defensoras de direitos humanos, Monica Benício foi a Genebra, na Suíça, para participar de evento paralelo da 40ª Seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU. 

Apesar das dificuldades enfrentadas, ela ressalta que “desistir não é uma opção”. “Assim como as que vieram antes e lutaram para que nós tenhamos os diretos de hoje, nós seguimos os seus passos com novos olhares, cruzando fronteiras por aquelas que foram, para aquelas que virão”, destaca. 

Veja os outros materiais da série especial ‘Sou Mulher e Luto Por’ 

 



Ações: Defensores e Defensoras de Direitos Humanos

Eixos: Política e cultura dos direitos humanos