PERNAMBUCO:Não a Meira – violência não se combate com violência.
Terra de Direitos
Como é de conhecimento de toda a população, o Sr. Meira ganhou notoriedade por, nos últimos anos, à frente do Batalhão de Choque, ter sido protagonista de diversos atos de abuso de violência seja contra estudantes, agricultores, demais movimentos sociais e inclusive parlamentares.Tais atos podem ser catalogados a partir de informações abundantes nos arquivos da imprensa pernambucana. Por mais de uma vez, o Sr. Meira foi fotografado enquanto esguichava spray de pimenta nos olhos de pessoas já algemadas ou dando chaves-de-braço em estudantes que protestavam contra o aumento da passagem de ônibus. Algumas vezes nos ultimos, entidades da sociedade civil e mesmo pessoas que hoje integram este governo posicionaram-se publicamente a favor da retirada deste cidadão de cargos de comando na PM. Em contrapartida, pudemos acompanhar sua promoção, no apagar das luzes do governo anterior, quando o policial acabou assumindo o cargo de coronel, atitude inclusive criticada por entidades de classe da própria Polícia Militar. O MNDH e demais movimentos sociais em Pernambuco têm o maior respeito pela corporação policial e acredita na importância, entre outras medidas, do uso do poder coercitivo do estado para controlar a violência em Pernambuco. É um equívoco, porém, pensar-se que alguém com histórico de uso abusivo da violência possa ser a pessoa ideal para coibi-la. Assim, reiteramos nossa posição de que o coronel Meira seja afastado de qualquer cargo de comando perante a PM, tendo em vista que seu histórico de violador de direitos humanos não condiz com a perspectiva que o Governo estadual aponta, na construção do Plano Estadual de Segurança Publica sob a ótica do respeito aos direitos humanos. Para o seu lugar, na Diretoria Geral de Operações da Polícia Militar, deve ser indicado um oficial que - como dizem integrantes do próprio governo Estadual - saiba que o combate à violência deve ser realizado sob a luz dos direitos humanos. Assinam esta nota: 1. Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH. 2. Articulação Negra de Pernambuco. 3. Casa de Passagem. 4. Centro de Cultura Luiz Freire - CCLF. 5. Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social - CENDHEC. 6. Comissão Pastoral da Terra - CPT. 7. Conselho Indigenista Missionário - CIMI. 8. Dignitatis. 9. Escola de Formação Quilombo dos Palmares - Equip. 10. Fórum Estadual de Reforma Urbana 11. Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares. 12. Justiça Global. 13. NAJUP - Núcleo de Assessoria Jurídica Popular - Direito nas Ruas /UFPE. 14. Observatório Negro. 15. Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões - SEMPRI. 16. Terra de Direitos. 17. Fórum de Mulheres de Pernambuco. 18. Instituto Papai 19. Igreja Anglicana - Diocese do Recife 20. Centro das Mulheres do Cabo 21. Fórum de Entidades Populares do Cabo de Santo Agostinho 22. Associação de Difusão Comunitária Rádio Cultural de Muribeca Autor/Fonte: VÁRIAS ENTIDADE
Ações: Conflitos Fundiários
Eixos: Democratização da justica e garantia dos direitos humanos