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TJ decide que ruralista deve ir a Júri Popular


Sebastião Salgado

Por unanimidade, os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná decidiram que o ruralista Marcos Prochet, acusado de assassinar um sem terra em 1998, deve ir a Júri Popular. A decisão do TJ ocorreu na tarde dessa quinta-feira (28).

 

O assassinato ocorreu no dia 7 de fevereiro de 1998, quando uma milícia despejou ilegalmente famílias de sem terra da Fazenda Boa Sorte, noroeste do Paraná – hoje um assentamento de reforma agrária. Durante a ação, o trabalhador rural Sebastião Camargo Filho, de 65 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça, à queima roupa, de espingarda calibre 12. Uma testemunha ocular do crime afirma que o atirador era Marcos Prochet, ex-presidente da União Democrática Ruralista – UDR.

 

O advogado da Terra de Direitos, que participou do julgamento, defendeu a realização do Júri e pediu maior celeridade na tramitação do processo, tendo em vista que se passaram 13 anos do homicídio. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA já, inclusive, editou uma recomendação ao governo brasileiro, pedindo andamento ao caso (leia mais).

 

De acordo com o desembargador Campos Marques, o acórdão com essa decisão será publicado o mais rápido possível. As informações sobre essa decisão serão encaminhadas a CIDH, que acompanha o desenrolar desse processo.

Mais informações - Terra de Direitos: 3232 4660

 



Casos Emblemáticos: Sebastião Camargo Filho
Eixos: Terra, território e justiça espacial