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Boff defende ação das mulheres na Aracruz em ato de entidades


A palestra foi realizada no Fórum Global da Sociedade Civil (Fboms), evento paralelo à COP-8 (8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica), na parte de trás do Expotrade.No ato duas mulheres da Via Campesina leram uma carta da organização em apóio as camponesas do RS. Em seguinda os participantes fizeram uma marcha até a parte da frente, onde acontece o COP, para denúnciar a ação truculenta da polícia, contra as mulheres do RS, no último dia 21 de março. Para Leonardo Boff, na Aracruz as mulheres reagiram na única línguagem que o sistema intende, ocupando. "Foi uma resposta a o que a empresa fez em janeiro no Espírito Santos. Que para aumentar suas plantações invadiu terras indígenas, prendeu as pessoas e passou com tratores por cima das casas", denuncia. Ainda segundo Boff, a monocultura do ecucalipto é altamente anti-ecológica e ocupa territórios que poderiam ser melhor aproveitados. Contexto Em 21 de março, a Polícia Civil invadiu a sede da Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Rio Grande do Sul, em Passo Fundo, com seis policiais e um delegado fortemente armados. Sem se identificar, encurralaram sete mulheres e uma criança na cozinha. Por mais de uma hora, o grupo foi impedido de chamar um advogado ao local. As mulheres da Via Campesina fizeram um protesto, em 8 de março, para denunciar ao mundo os crimes ambientais e sociais das empresas responsáveis pelo deserto verde. "A arbitrariedade com que agiu o delegado de polícia Rudimar de Freitas Rosales, na casa da Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais, demonstra que objetivo das investigações policiais não é esclarecer fatos e, sim, incriminar lideranças, e negar a legitimidade da luta coletiva realizada por mais de 2 mil mulheres contra o deserto verde'', diz nota da Via Campesina Brasil, que condena a criminalização dos movimentos sociais. Autor/Fonte: MST / Comunicação :: Arquivos Segue carta da Via Campesina na íntegra.




Eixos: Democratização da justica e garantia dos direitos humanos