A ameaça foi dirigida a sete famílias moradoras do bairro Tatuquara, zona sul da capital. São quase trinta pessoas, a maioria migrantes em busca de uma vida melhor. Com a falta de emprego e de moradia, elas ocuparam cerca de 20 casas inacabadas do loteamento Monteiro Lobato, sem acesso a água e a luz e com a renda mínima inferior a R$ 150,00 por família.

   A organização de direitos humanos Terra de Direitos encaminhou uma representação no mês de maio ao Ministério Público Estadual. Mas até o momento, a situação dos moradores vem se agravando pela falta de solução. A ameaça de despejo no Tatuquara é só mais uma conseqüência da falta de políticas públicas para moradias populares. Para o assessor jurídico da Terra de Direitos, Vinicius Gessolo de Oliveira, "este conflito demonstra a falta de planejamento das ações da COHAB, já que existem cerca de 30 mil imóveis vazios com infra-estrutura na cidade e mesmo assim os cidadãos são empurrados para os limites de Curitiba". O advogado alerta que "se acontecer o despejo destas famílias, ocorrerão violações de direitos humanos gravíssimas".

Entenda o problema habitacional em Curitiba

Planejamento excludente marca atuação da COHAB e IPPUC na área habitacional