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Em audiência com CIDH, organizações da América Latina denunciam danos à saúde reprodutiva por agrotóxicos


Em 2020, 51% de todos os agrotóxicos utilizados no mundo foram aplicados na região, com o Brasil e a Argentina liderando o consumo.

 

Organizações sociais da América Latina realizaram, nesta quarta-feira (08), a audiência pública sobre o uso de agrotóxicos e danos à saúde reprodutiva na América Latina. A atividade aconteceu em Washington (EUA) e integra a 188º Período de Sessão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão vinculado à Organização dos Estados Americanos.

A audiência é uma articulação conjunta entre Centro de Derechos Reproductivos, Fos Feminista, Grupo de Epidemiología Y Salud Poblacional (Colombia), Instituto De Salud Socioambiental da Universidad Nacional De Rosario (Argentina), Movimiento Paren de Fumigarnos (Argentina), Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida (Brasil), Instituto Preservar (Brasil) e Terra De Direitos (Brasil).

De acordo com o Centro de Derechos Reproductivos, a América Latina é o epicentro do uso global de agrotóxicos. Em 2020, 51% de todos os agrotóxicos utilizados no mundo foram aplicados na região, com o Brasil e a Argentina liderando o consumo. Do total, “30% dos pesticidas usados no Brasil são proibidos pela União Europeia”, destaca a organização.

Diversos estudos comprovam a relação entre a exposição aos agrotóxicos e impactos para a saúde reprodutiva, tais como distúrbios de fertilidade, aumento nas taxas de aborto espontâneo, baixo peso ao nascer em recém-nascidos, malformações congênitas, dentre.

Presente na audiência e representando a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida, o professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Emiliano Maldonado, ressalta que audiência contribuiu para visibilizar “dados das pesquisas realizadas nos últimos anos no Brasil que apontam que a utilização desenfreada de agrotóxicos tem gerado uma sistemática violação de direitos humanos, econômicos, sociais, culturais e ambientais (DHESCA) dos povos do campo e da floresta por parte do agronegócio e as corporações transnacionais agroalimentares.”

Veja como foi a audiência.

*Com informações de Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida.



Ações: Biodiversidade e Soberania Alimentar

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