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Há maior biodiversidade em áreas de cultivo orgânico


Brasília/DF - A biodiversidade nas fazendas da Usina São Francisco, maior exportadora mundial de açúcar orgânico, é de três a quatro vezes superior a de áreas que produzem cana-de-açúcar pelo método convencional. Essa é uma das conclusões do levantamento realizado pela usina em parceria com a organização não-governamental Ecoforça e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O estudo avaliou o impacto da mudança de manejo, do tradicional para o orgânico, iniciada em 1986, com o Projeto Cana Verde.Com o sistema de produção agrícola praticado pela usina, proprietária da Native, e o trabalho de reflorestamento, 247 novas espécies de animais voltaram a habitar a região, das quais 189 são raras. Se considerarmos apenas as aves, são 191 novas espécies. Atualmente, as ilhas de biodiversidade representam 14% dos 7.868 hectares das fazendas da usina.

"É grande o impacto da mudança do manejo e queríamos que uma instituição isenta constatasse isso", explica Leontino Balbo, diretor comercial da Native. A Ecoforça, que há 15 anos luta pela preservação do meio ambiente, realizou uma pesquisa minuciosa em todas as fazendas da usina, na região de Sertãozinho, no interior de São Paulo, com o objetivo de avaliar o impacto das mudanças realizadas nos últimos 16 anos. O resultado de mais de dois anos de levantamento e as fotos estão disponíveis no site da Native (www.nativealimentos.com.br).

Segundo Evaristo Miranda, gerente do departamento de monitoramento por satélite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o estudo mostra um aumento substancial da biodiversidade em todas as fazendas da Usina São Francisco. "Conseguimos mensurar os ganhos na vida local com fórmulas científicas", diz o pesquisador, acrescentando que não há notícias de outros projetos deste tipo no Brasil."Queremos mostrar que ser orgânico não é apenas plantar sem agrotóxico.

É respeitar a natureza integralmente", afirma o diretor da Usina São Francisco, que recebeu a primeira certificação para produtos orgânicos em 1997 e hoje exporta cerca de 90% do que produz para mais de 25 países. Atualmente é a única brasileira certificada pelas instituições mais importantes do mundo, como FVO-IFOAM (Farm Verified Organic - International Federation of Organic Agriculture Movements) e a ECOCERT/EEC, em conformidade com os padrões orgânicos europeus. Também possui o ICS/JAS (International Certification Services - Japan Agricultural Standards), certificado para exportar para o rigoroso mercado japonês. No Brasil, é certificada pelo Instituto Biodinâmico (IBD). Sob a marca Native, a usina comercializa toda a linha de açúcar, café e agora o suco de laranja em embalagem TetraPak.

Autor/Fonte: Communicação Assessoria Empresarial /Fernando Thule



Ações: Biodiversidade e Soberania Alimentar

Eixos: Biodiversidade e soberania alimentar