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Organizações e movimentos prestam solidariedade a quilombolas e indígenas de Santarém (PA)


Foto: Arquivo Terra de Direitos

Um grupo de 39 organizações sociais, movimentos populares e redes de direitos humanos assina uma nota pública divulgada nesta terça-feira (23),  em solidariedade às comunidades quilombolas e povos indígenas de Santarém (PA). O documento repudia as declarações de um antropólogo e de um sindicato ruralista que desconsideram o processos histórico e cultural desses grupos na região.

Em nota divulgada na última semana, um antropólogo teria questionado o autoreconhecimento desses grupos logo após a área do território quilombola do Tiningu ter sido reconhecida Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no dia 15 de outubro. O antropólogo chamou o processo de reconhecimento do que considera um “suposto quilombo” de “fraude étnica”.

Em nota, as organizações sociais, movimentos populares e redes de defesa de direitos humanos rebatem as declarações. “Para nós é evidente o ataque a luta histórica de indígenas e quilombolas pelo reconhecimento de seus territórios, através da utilização de argumentos que não se sustentam e que são movidos pelos interesses de grandes latifundiários da região”, destacam.

O documento também lembra que são recorrentes os conflitos por terra na região do planalto santareno, e que o monocultivo de soja transgênica ameaça as terras tradicionais, como por meio do uso intenso de agrotóxicos e contaminação dos igarapés que estão próximos.

Além disso, a região tem sido palco de intensa violência. Em pouco mais de um mês, um indígena e um quilombola foram assassinados.

Por essa situação, as organizações que assinam a nota pedem que as autoridades tomem providências para combater as ameaças e garantir a proteção dos territórios.

Acesse aqui a nota completa.

 

 



Ações: Quilombolas

Eixos: Terra, território e justiça espacial