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Rede Nacional de Advogadas(os) Populares reafirma compromisso com enfrentamento da violência e opressão


Em carta, coletivo nacional destaca centralidade da justiça climática e social, da soberania dos povos e da defesa da democracia

Encontro reuniu representantes de 17 estados e Distrito Federal. Foto: Renap

A Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares (Renap) reafirma, em carta política, o compromisso do coletivo nacional com as lutas populares e com uma vida livre de violência, exploração e opressão. O documento é resultado do XXVIII Encontro Nacional da RENAP, realizado em Guararema (SP), nos dias 04 a 08 de dezembro.

Na atividade, assessores jurídicos populares de 17 estados e Distrito Federal refletiram sobre os desafios atuais, como a intensificação da exploração dos territórios pelo mercado e da violência policial contra a população negra periférica, e como o fortalecimento e expansão da advocacia popular se coloca como suporte jurídico importante para os assessoramento de movimentos sociais e comunidades tradicionais. “Não há justiça verdadeira sem a escuta dos povos e sem o enfrentamento às estruturas de opressão que mantêm a fome, a desigualdade e a violência”, aponta um trecho da nota.

Em diálogo a pauta climática, o coletivo nacional destaca os impactos ainda mais intensos das mudanças climáticas, fruto da exploração, para os povos tradicionais e as populações periféricas. “As soluções propostas para a superação desta crise não dialogam com os interesses dos povos e comunidades afetados, a mercantilização da vida se traduz através de iniciativas como o mercado de carbono e os grandes empreendimentos de produção de energia renovável que priorizam o capital em detrimento dos direitos socioambientais. A justiça climática deve ser central, com soluções baseadas na soberania dos povos e no respeito à natureza”, enfatiza a rede.

A atividade também contou com a participação de estudantes de direito e integrantes de movimentos populares de todo o Brasil e homenageou os 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Veja aqui a carta.



Ações: Democratização da Justiça

Eixos: Democratização da justica e garantia dos direitos humanos